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Se você tem intolerância ao glúten, alergia ao trigo ou doença celíaca, saiba quais são os cereais que não contêm glúten para abrir seu leque de opções alimentares e variar o cardápio.
Cereais são plantas da família botânica das Gramineae, que também pode ser chamada de Poaceae.
Têm a aparência de capim ou grama, de folha comprida, que produzem sementes em pedúnculos – e estas são usadas para alimentação humana.
O glúten é uma proteína composta pela mistura das proteínas gliadina e glutenina, constituinte de alguns cereais.
Dentre os mais conhecidos estão o arroz, milho, sorgo e milheto como cereais que não têm glúten na sua semente e, portanto, são uma alternativa muito especial para a alimentação das pessoas que sofrem de alergia ao trigo ou intolerância ao glúten (celíacos).
Já os cereais que têm glúten são o trigo, a cevada, o centeio e, em certo modo, a aveia.
A aveia, na verdade, não contêm glúten em sua semente, porém, adquire glúten na manipulação industrial, o que põe em risco a saúde de algumas pessoas muito sensíveis ao glúten (veja aqui).
Hoje em dia, com tanta sensibilidade e intolerância ao glúten, já existem marcas de aveias certificadas gluten free. São mais fáceis de serem encontradas em flocos grossos, mas você pode batê-las no liquidificador para fazer farinha de aveia se precisar.
A cana-de-açúcar e o bambu também estão nesta mesma família vegetal mas, suas sementes não são usadas em nossa alimentação.
O que acontece na verdade é que o glúten não é o único vilão dessa história.
O trigo, apesar de ser cultivado pelas comunidades humanas desde o início da vida sedentária, é um alimento potencialmente alergênico, em maior ou menor grau.
Muitas pessoas pensam em renunciar ao uso do trigo e buscam alternativas. Portanto, apresentamos aqui alguns dos cereais que não possuem glúten sendo, portanto, uma alternativa para todos aqueles que são intolerantes, em algum grau, a este composto alimentar.
O arroz (Oryza sativa) é um dos mais importantes cereais da alimentação humana. No Oriente, o arroz ocupa de 80 a 90% da dieta diária (100-170 kg per capita por ano).
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O arroz integral é bastante rico em vitaminas diversas, proteínas e sais minerais e, contém enzimas e bioestimulantes para além do amido.
Em comparação com o integral, o arroz refinado é bastante pobre pois perde, com o processo de polimento, quase todos os seus nutrientes.
O arroz é um alimento especialmente indicado para as pessoas que têm elevadas concentrações de ácido úrico no sangue e usado nos tratamentos de gota, arteriosclerose, doenças digestivas e distensão abdominal.
Este é um dos alimentos que melhor digestibilidade (1-2 horas) e não tem contraindicações de uso. É o cereal mais indicado para a introdução de alimentação sólida nos bebês, engrossamento de papinhas ou durante o desmame.
O milho (Zea mays L.) é o cereal nativo da América Latina. É dessa região as primeiras espécies de milho nativo, milhos pequenos de sementes coloridas, as crioulas, bem adaptadas às condições microclimáticas de onde nasceram.
Este é um cereal de fácil digestão e uma boa fonte em vitaminas A e B assim como diversos sais minerais como sódio, potássio, cálcio, fósforo e magnésio. Porém, as proteínas do milho são pobres em alguns aminoácidos essenciais como lisina e triptofano mas, quando ingerido em combinação com algumas leguminosas, esta falta fica complementada.
O milho tem propriedades diuréticas graças ao elevado teor de potássio que contém, impede a formação de gases intestinais e não conduz a picos glicêmicos.
Pelo seu elevado teor de vitaminas do complexo B, é um ótimo coadjuvante nos tratamentos de ansiedade.
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O sorgo (Sorghum bicolor) é um dos cereais mais cultivados no mundo (o quinto após o milho, trigo, arroz e cevada).
O grão seco contém uma grande quantidade de fibras, proteínas, lípidos e carbonoidratos (de 70 a 90%). Este cereal é rico em ferro, cálcio, potássio, niacina (ou vitamina B3), antioxidantes naturais, é altamente digerível e de fácil assimilação.
Sua farinha é adequada para a fabricação de pães e comida para bebês.
O painço (Panicum miliaceum L.) é um cereal nativo da Ásia Central e Europa Oriental cultivado desde a antiguidade. Esta é uma planta que resiste a solos áridos e clima desértico.
Contêm 10% de proteína a mais do que o arroz e o milho, é mais rica em ferro e ainda contêm fósforo e vitaminas do complexo B. Tem propriedades tônicas e redutoras do colesterol devido à presença de lecitina e colina.
É usado na produção de doces, sopas ou farinha para pães. Também é usado na cosmética pois tem elevado teor em ácido salicílico cuja ação é benéfica para a pele, cabelo, unhas.
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Com todas estas dicas, sendo celíaco, intolerante ou não ao glúten, variar o cardápio é preciso!
Uma alimentação balanceada é a base da boa saúde.
Fontes:
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Categorias: Alimentação
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