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A maca peruana, Lepidium meyenii, é um vegetal nativo da região andina do Peru, que nasce espontaneamente nos campos há mais de 4 mil metros de altitude. É uma planta parecida com o rabanete, muito resistente às intempéries e agressividades do clima como o frio, a seca e a elevada taxa de raios ultravioletas.
Há 20 anos a maca peruana vem sendo estudada por seu valor nutritivo e conteúdo fitoquímico apontando propriedades medicinais relacionadas com o aumento da fertilidade e vitalidade de homens e mulheres.
Também já foi demonstrada sua ação importante como antioxidante.
O teor de proteína da maca peruana é muito alto, chega a 13 % do seu peso, o que corresponde ao efeito estimulante e redutor de cansaço e fadiga.
O médico peruano Gustavo Francisco Gonzales Rengifo, professor da Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH), que pesquisou profundamente a maca, afirma que a planta tem demonstrado benefícios nos tratamentos de osteoartrites, melhoria na produção de espermatozoides (maca negra), melhoria na fertilidade feminina e na qualidade dos embriões (maca vermelha), dentre outras qualidades medicinais.
Segundo sua pesquisa de campo, nas regiões onde a maca é consumida, as pessoas mantêm uma saúde de qualidade excepcional até os 75 anos, comparável à saúde sexual de pessoas com 35 anos.
Você poderá assistir às palestras deste médico, em espanhol, pelo Youtube, se for do seu interesse para se aprofundar no assunto. Gustavo Francisco Gonzales teve vários de seus trabalhos de pesquisa premiados, inclusive pela FAO em 2010.
Apesar de a maca ser afamada como afrodisíaca, pois aumenta a libido de quem a consome, o especialista citado afirma que ela não deve ser considerada nem chamada de “novo viagra”.
O que a maca faz, realmente, é aumentar em muito a energia e a vitalidade daqueles que a consomem com regularidade. O fato é que a maca nasce em condições muito particulares de solo e clima e, o que mais se usa é o extrato seco da raiz da planta, vendido em cápsulas ou em pó, o que talvez pudesse dar o mesmo resultado mas, devemos lembrar que todo e qualquer suplemento, ainda que natural, deve ser consumido mediante recomendação médica.
Tradicionalmente, a maca é consumida em suco, depois de cozida, já que crua esta planta apresenta toxicidade. Também é consumida em pó, depois de seca.
Mas a recomendação do pesquisador é de que, a melhor maneira de se consumir a maca é cozida em água, por três horas e depois batida no liquidificador, com algum cítrico (limão ou laranja) para aumentar o seu efeito.
Não se deve misturar o suco de maca com leite ou outros alimentos alcalinos, que reduzem o efeito dos seus componentes sobre a saúde humana.
A maca pode ser consumida diariamente e por tempo indeterminado. É recomendada para crianças e adultos, com exceção de grávidas e lactentes pois ainda não foi estudado devidamente os efeitos possíveis nestes grupos mais frágeis.
Mas o difícil é encontrar a maca in natura fora do Peru.
Segundo a literatura disponível, também é recomendado o consumo da maca em casos de depressão, ansiedade e perda de memória.
Já está sendo estudado o uso da maca vermelha na redução da hiperplasia prostática benigna, da osteoporose e da síndrome metabólica. Efeitos benéficos foram apontados também na redução dos níveis de glicose e da hipertensão arterial.
O mais fácil é comprar a maca em cápsulas, em pó ou em sachets, pois é disponível no mundo todo pela internet. Contudo, melhor seguir o conselho de um especialista para fazer uso correto deste superalimento de propriedades medicinais.
Assista aos vídeos abaixo para se aprofundar no assunto:
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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