O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto de folhas pontudas e flores miudinhas, cheiroso que só, originário da região mediterrânica, ocorrendo de forma espontânea, em terrenos calcários, entre 0 e 1500 m de altitude. O seu nome em latim, rosmarinus, significa “orvalho do mar” e era assim que os romanos o sentiam, por seu aroma penetrante, suave, envolvente e curativo.
Uma planta antiga, cujo uso culinário, medicinal e religioso, permeia as culturas de todos os povos mediterrânicos e, que chegou a nós, brasileiros, pela mão dos portugueses, na colonização. É fácil de cultivar por estacas de 10 a 15 cm, que se cortam dos ramos mais grossos, deixando sem folhas a parte que vai na terra. As estacas podem ser colocadas diretamente na terra. O alecrim é uma erva rústica, que tolera a seca relativa e não é suscetível a pragas, mas não gosta de ser podado antes dos 2 anos de idade. Depois disso, admite podas e até topiaria, sem problemas.
A flor do alecrim é muito procurada pelas abelhas que, com seu néctar produzem um mel de qualidade e sabor peculiares.
Na medicina popular o alecrim é associado, há séculos, à manutenção da boa memória, fato esse que vem sendo estudado pelo médico Chris Van Tulleken, como afirma a BBC no artigo que lemos. Segundo um de seus estudos, o alecrim é um preservador da memória futura, que é o “lembrar de lembrar”. E os testes comprovaram uma melhor memória futura nas pessoas que estavam na sala onde havia “cheiro de alecrim” assim como, na posterior análise do sangue dos voluntários, se encontraram traços dos elementos químicos contidos no alecrim, que entraram na corrente sanguínea, absorvidos pela inalação do seu aroma.
Mas, não só a memória que é influenciada pelo alecrim. Os antigos ensinam que ter uma planta de alecrim dentro de casa é um excelente propiciador de “bom humor” que é derivado da inalação dos seus óleos aromáticos.
Nos idos de 1300, uma rainha da Hungria, Isabel, usava um tônico, criado por ela, de alecrim em álcool que, segundo a lenda transmitida pelos séculos, tinha o poder de dar longevidade a quem o consumisse, mantendo a aparência jovem e prevenindo doenças.
Então, vale a pena você ter alecrim em casa – em vaso ou no jardim – e tomar um chazinho gostoso, de vez em quando, para animar, para relaxar, para estudar.
E para finalizar, alecrim combina demais com batata ao forno (leve ao forno as batatas lavadas e cortadas em quadrados pequenos com 2 ou 3 dentes de alho inteiros e tantas “agulhas” de alecrim, até dourarem, regadas de sal e azeite de oliva.) Alecrim também é maravilhoso com grão-de-bico cozido na panela de pressão, depois de ter ficado 12 horas de molho, com um fio de azeite e alho a vontade. Coloque um outro abundante fio de azeite antes de servir. Abuse desta especiaria 🙂
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Fonte foto: wikipedia.org
Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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