Apesar de ter se tornado um ícone da cultura americana, acredita-se que o alimento tenha chegado ao país dos hot dogs através de imigrantes alemães, mas sua origem é muito mais antiga, havendo mesmo evidência de que já eram consumidas na antiguidade greco-romana. O vídeo no final desse artigo mostra como elas são fabricadas nos EUA, o que não difere muito da forma que são fabricadas no Brasil, como explicado a seguir. Muitos outros embutidos são fabricados de forma similar, como é o caso da mortadela, salame, linguiça, entre outros.
Salsichas tradicionais são feitas de uma mistura de carnes de porco, vaca e frango. A maioria das marcas utiliza principalmente as aparas resultantes do corte das carnes suína e bovina. Ou seja, o que sobrou: músculos, sebo, pele, gordura, miúdos, papada… Não é à toa que cunharam a frase, frequentemente atribuída a Otto von Bismarck (Chanceler alemão no século XIX): “Leis, como salsichas, deixarão de inspirar respeito na proporção em que sabemos como elas são feitas.”
As aparas são moídas, e a elas são adicionados uma pasta processada de retalhos de frango, amido de milho, sal e condimentos. No Brasil, conforme o fabricante, também podem ser acrescentados carne de peru (com certeza não o peito), proteína de soja, fécula de mandioca, e mais uma porção de produtos como regulador de acidez, estabilizante, realçador de sabor, aromatizante, conservador, corante, e por aí vai.
Com a adição de água, mistura-se tudo numa grande ‘batedeira’. Daí se adiciona xarope de glucose, para acrescentar uma nota de doçura ao sabor, mais água para misturar melhor os ingredientes e deixar a salsicha mais suculenta.
Outra máquina transforma a mistura numa emulsão e retira o excesso de ar, preparando-a próxima fase: o enchimento.
A máquina injeta a massa de carne num invólucro, já torcendo para deixar a salsicha no comprimento padrão. Em apenas 35s são produzidas salsichas com o comprimento equivalente a dois campos de futebol.
Na sequência, outra máquina pendura os fios de salsicha em ganchos, numa linha de produção que passará por uma câmara com um jato de fumaça líquida, para dar sabor e defumar. Saindo do defumador, passam por outra câmara onde serão enxaguadas com água salgada fria, já preparando para embalar.
Retiradas dos ganchos por outra máquina, que as coloca numa longa esteira, as salsichas vão para contâineres, aguardando pela próxima fase do processo: elas serão descascadas.
No caso do vídeo, o invólucro em que é injetada a massa de carne precisa ser descartado, o que ocorre quando se trata de plástico ou celulose. Há também salsichas feitas com tripas de animais, que não são removidas.
Essas faixas pretas nos invólucros servem para marcar as salsichas, distinguindo as que já estão cozidas e prontas para embalar. Elas são inseridas numa máquina que faz pequenos cortes no invólucro, para que ele possa ser arrancado por vapor quente, a uma taxa de 700 salsichas por minuto.
Após inspecionadas quanto a defeitos, e para garantir que todos os invólucros foram removidos, as salsichas passam por esse dispositivo, feito de plástico, que parece uma correia de bicicleta, e serve para posicionar as salsichas para embalar. Uma fábrica dessas tem capacidade para fabricar 300.000 (!) salsichas em uma hora.
E aí, deu fome?
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Fonte foto: László Szalai via Wikimedia Commons
Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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