Proteína em excesso pode faz mal à saúde, explica uma médica


Elas são importantíssimas para a saúde: atuam na construção dos músculos, ossos, dentes, pele, cabelo; aceleram as reações bioquímicas do organismo, regulam o metabolismo e auxiliam na formação de anticorpos; não à toa é a queridinha de muitos atletas e frequentadores de academia. A proteína tem um papel essencial no corpo, porém ela não atua sozinha e, mais que isso, pode fazer mais mal do que bem, se ingerida em excesso. É o que diz a médica assistente do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Maria Edna de Melo.

Segundo a especialista, isso pode acontecer porque o organismo só utiliza o que precisa. Quando a proteína é digerida, ela vai ser utilizada nas funções relatadas acima, porém o que sobrar pode ir parar no fígado (onde se tornará glicose) e o restante será eliminado pela urina. Dessa forma, o excesso de proteína e a eliminação de outros elementos importantes da dieta, como carboidratos (que são a principal fonte de energia do organismo), pode não ser uma boa escolha.

Além de sobrecarregar o fígado e os rins, o excesso de proteínas pode provocar acúmulo de gordura no corpo, tendo em vista que muitos itens ricos nesse aminoácido contém altas doses de gordura. Isso pode levar a um aumento nos níveis de glicose e no risco de doenças cardiovasculares. Pode ocorrer também uma desequilíbrio na microbiota intestinal, com excesso de bactérias nocivas e redução das boas.

A dose aconselhada

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), a recomendação diária de proteínas é de 0,8 e 1.2 grama por quilo de peso (no caso de pessoas sedentárias), de 1.2 a 1.26 grama de proteína por quilo de peso (para aqueles que praticam exercícios de resistência) e 1.4 a 1.8 grama por quilo (no caso dos atletas). De todo modo, qualquer mudança na alimentação precisa ser supervisionada e indicada por um especialista e é preciso saber que o organismo necessita de vários tipos de nutriente, e não de um só.

Fonte: Folha de São Paulo

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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