Índice
A inflamação crônica tem sido associada ao desenvolvimento de diversas doenças como diabetes, doenças cardíacas e artrite. A alimentação desempenha um papel crucial nesse processo, podendo favorecer ou reduzir a inflamação no organismo. Neste artigo, vamos explorar o que significa inflamar, a ligação entre alimentação e inflamação, e quais alimentos são conhecidos por causar inflamação no corpo. Compreender essa relação pode ser o primeiro passo para fazer escolhas alimentares mais conscientes e promover uma saúde melhor.
A inflamação é uma resposta natural do corpo a lesões ou infecções, sendo uma parte importante do processo de cura. No entanto, quando a inflamação se torna crônica, pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, como doenças cardíacas, diabetes, artrite e até mesmo câncer.
A alimentação desempenha um papel crucial na promoção ou redução da inflamação. Certos alimentos podem aumentar a inflamação no corpo, enquanto outros têm propriedades anti-inflamatórias. Dietas ricas em açúcares refinados, gorduras trans, carboidratos refinados e alimentos processados são conhecidas por promover a inflamação crônica. Por outro lado, dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, gorduras saudáveis e alimentos ricos em antioxidantes têm sido associadas à redução da inflamação.
Alguns alimentos são conhecidos por desencadear inflamação no organismo e devem ser consumidos com moderação. Entre eles, destacam-se:
O consumo excessivo de açúcar refinado pode levar a um aumento nos níveis de glicose no sangue, promovendo a inflamação crônica.
Vários estudos mostraram que as gorduras saturadas desencadeiam inflamação adiposa, contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardíacas e agravando a inflamação da artrite. As gorduras saturadas são um tipo de gordura encontrada em alimentos de origem animal e em alguns produtos vegetais. Elas são caracterizadas por possuírem ácidos graxos saturados, ou seja, suas moléculas estão “saturadas” de hidrogênio.
Exemplos comuns de alimentos ricos em gorduras saturadas incluem carnes gordurosas (como carne bovina e suína), produtos lácteos integrais (como manteiga, queijo e creme de leite), óleo de coco, óleo de palma e certos alimentos processados, como biscoitos e salgadinhos industrializados.
Encontradas em alimentos fritos, alimentos processados e margarina, as gorduras trans são conhecidas por aumentar a inflamação e elevar o risco de doenças cardíacas.
A diferença entre gordura trans e gordura saturada reside em suas estruturas químicas. A gordura saturada é encontrada em alimentos de origem animal e vegetal e possui moléculas de ácidos graxos saturados, ou seja, todas as ligações de carbono estão preenchidas com átomos de hidrogênio. Já a gordura trans é uma forma modificada da gordura insaturada, que é obtida através do processo de hidrogenação industrial. Nesse processo, ocorre a adição de hidrogênio às moléculas de gordura insaturada, resultando em ácidos graxos trans. Essa modificação química torna a gordura trans mais prejudicial à saúde do que a gordura saturada, pois está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares. Alimentos como margarina, alimentos fritos e muitos produtos industrializados podem conter gordura trans. É recomendado limitar o consumo de ambos os tipos de gordura para manter uma alimentação saudável.
Pães brancos, massas refinadas e produtos de panificação contêm carboidratos refinados, que são rapidamente digeridos, levando a picos de açúcar no sangue e inflamação.
Salsichas, bacon, presunto e outras carnes processadas contêm aditivos e conservantes que podem desencadear inflamação no organismo.
Óleos como o de soja, milho e canola são ricos em ácidos graxos ômega-6, que, quando consumidos em excesso, podem promover a inflamação.
Refrigerantes, sucos industrializados e outras bebidas açucaradas são ricas em açúcares refinados, que aumentam a inflamação e estão associados a várias doenças crônicas.
O glutamato monossódico (MSG) é um aditivo alimentar amplamente utilizado em alimentos preparados, especialmente na culinária asiática e em molhos de soja. Além disso, também pode ser adicionado a fast foods, sopas e outras comidas prontas. O consumo desse aditivo alimentar pode desencadear duas vias de inflamação crônica e impactar negativamente a saúde do fígado.
Não há consenso sobre leite e seus derivados, bem como farinhas que contêm glúten serem inflamatórias para pessoas não sensíveis a estas proteínas. Mas, na dúvida, muitos nutricionistas recomendam a retirada de alimentos com glúten ou caseína pois podem ser inflamatórios para pessoas pré-dispostas.
O consumo excessivo de álcool pode levar a uma resposta inflamatória no organismo, causando danos aos tecidos e órgãos, além de aumentar o risco de várias doenças crônicas.
Novos estudos relacionam o consumo de aspartame a um possível aumento do risco de câncer. A OMS está para considerá-lo possivelmente cancerígeno e, como câncer e inflamação têm tudo a ver… dispense o aspartame da sua dieta.
Alimentos processados ou ultraprocessados estão mais para produtos químicos criados pela engenharia de alimentos, do que para alimentos propriamente ditos. Eles contêm compostos não encontrados naturalmente nos alimentos, como corantes artificiais, aromatizantes e conservantes, frequentemente adicionados para fazer esses produtos durarem mais ou para melhorar o sabor e a aparência deles. Qualquer um desses compostos pode irritar o corpo, provocando inflamação.
É bom lembrar que, se você tem um estilo de vida inflamatório, comer um alimento anti-inflamatório não vai resolver seu problema.
Como diz o Dr. Edwin McDonald, gastroenterologista, pesquisador e chef de cozinha:
“Não existe nenhum alimento milagroso que cure pessoas com inflamação crônica. Para fazer qualquer diferença significativa, é necessário focar em hábitos alimentares de longo prazo e um estilo de vida anti-inflamatório.”
Mas o que é um estilo de vida anti-inflamatório?
Segundo o Dr. Edwin:
Uma alimentação saudável deve ser equilibrada, colorida e diversificada, não se limitando apenas à exclusão desses alimentos inflamatórios.
As informações aqui escritas são gerais e não substituem uma consulta particular. Consultar um profissional de saúde, como um nutricionista, pode ser útil para desenvolver uma dieta individualizada que promova a redução da inflamação e a manutenção da sua saúde.
Fontes:
Talvez te interesse ler também:
Nutricionista surpreende com lista de alimentos não recomendados
Dahl de lentilhas: receita indiana de sopa de lentilhas com açafrão e gengibre
Kani Kama: o que é, do que é feito e porque você NÃO deve comer
Categorias: Alimentação
ASSINE NOSSA NEWSLETTER