As melhores estratégias para acabar com o plástico no planeta, segundo especialistas


Os prejuízos ambientais causados pelo uso do plástico, principalmente os de uso único, os descartáveis, fizeram com que várias iniciativas fossem criadas para restringir o uso de canudos, sacolas e embalagens plásticas. No entanto, essas medidas dividem especialistas, pois algumas estão confundindo as pessoas e fazendo com que novos problemas sejam criados. Vamos saber quais são as trocas erradas e quais as alternativas sugeridas.

Um exemplo publicado na revista Pesquisa FAPESP é o de vendedores de coco no Rio de Janeiro que passaram a oferecer copinhos de plástico no lugar dos canudos de plástico que foram proibidos. Agir assim é “trocar seis por meia-dúzia” ou querer “tapar o sol com a peneira”. A ideia aqui é restringir o consumo do plástico e não substituir um pelo outro.

Já com relação às garrafinhas de água, ao contrário do que é sugerido, substituir o plástico por vidro não é uma boa ideia. Especialistas lembram que, além de destruir a fonte de matéria-prima advinda dos depósitos de areia, o vidro aumentaria a emissão de dióxido de carbono no transporte, pelo fato de ser um material mais pesado do que o plástico. A pesquisa ressalta a importância de avaliar a troca do plástico por outros materiais, considerando a pegada ambiental e energética de cada substituto.

Uma outra sugestão levantada é a implementação da logística reversa ou responsabilidade estendida, nas quais os fabricantes se responsabilizam por coletar as embalagens após o consumo e destiná-las para a reciclagem. Porém, a indústria do plástico discorda dessa alternativa argumentando que ela exime os consumidores dessa responsabilidade. Segundo eles, o ideal é manter a responsabilidade compartilhada, onde cada um faz a sua parte para evitar que o plástico continue a poluir o meio ambiente.

Soluções biodegradáveis

Já que o plástico tornou-se tão necessário na vida das pessoas, mas infelizmente causa muitos estragos, diversas empresas estão buscando soluções biodegradáveis para o meio ambiente. Dentre elas, as mais citadas na Pesquisa FAPESP foram:

  • Bioplástico – É feito com fontes renováveis de biomassa de origem vegetal (mandioca, milho e resíduos agrícolas). Devido à ação de fungos e bactérias, conseguem se degradar em até seis meses.
  • Plástico Verde (Braskem) – À base de cana-de-açúcar, captura cerca de 3,09 toneladas de CO2 a cada tonelada de resina produzida, contribuindo para a redução da emissão de gases do efeito estufa.
  • Filmes plásticos biodegradáveis – Feitos a partir de óleo de babaçu e da extração de pigmento de cúrcuma, são embalagens bioativas que contêm compostos fenólicos, com propriedades antioxidantes e antimicrobianas, o que ajuda na conservação dos alimentos.
  • PETase – Enzima que degrada o PET em 96 horas, transformando-o em pequenas moléculas, sem que sobrem partículas macroscópicas ou pedaços de plásticos.

Além dessas alternativas, pesquisadores e cientistas trabalham para desenvolver novos polímeros que possam ser degradados quimicamente à sua constituição molecular, para serem reutilizados na produção dos mesmos plásticos.

Todos esses projetos destacados acima ainda estão em fase de estudo e desenvolvimento e podem ser acompanhados na matéria completa da revista Pesquisa FAPESP. Clique AQUI para ler o estudo na íntegra.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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