Greenpeace pede ao Governador Geraldo Alckmin soluções para a seca de SP


Ontem, 3 de junho, o Greenpeace entregou ao governador do Estado de São Paulo uma carta onde expõe a gravidade do cenário atual de escassez de água no estado. A situação é grave e as previsões apontam para um colapso do sistema Cantareira entre agosto e outubro de 2014. A única medida anunciada até agora, a qual utiliza o chamado volume “morto” do Sistema Cantareira, é paliativa.

Esta foi a temporada com menos chuvas desde 1969, antes do início da utilização do volume “morto”, no dia 15 de maio, o sistema Cantareira tinha 8,2% da capacidade, índice mais baixo de sua história. Com o acréscimo de 182,5 bilhões de litros, o índice saltou para 26,7% o que corresponde cerca de 262,6 bilhões de litros. Porém na última sexta-feira, 30, a medição apontou que os cinco reservatórios que compõem o manancial têm juntos 245,2 bilhões de litros.

Para piorar o problema da falta de água, o fornecimento de água em São Paulo sofre interrupçõesa perda de água declarada pela Sabesp é de 20,3% de água tratada, o que correspondem a 619,7 milhões de metros cúbicos de água perdidos.

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A campanha do Greenpeace levou uma Torneira Gigante em vários pontos de São Paulo alertando sobre a crise da água resultante de uma série de questões: falta de cuidado das nascentes, desmatamento da mata ciliar, poluição, desperdício e má gestão dos recursos naturais. A última parada da Torneira Gigante foi no Palácio dos Bandeirantes que junto com a mensagem: “Alckmin: pare de secar São Paulo” reforça os pedidos contidos em uma carta entregue ao governador para que medidas sejam tomadas quanto: o combate ao desperdício; a redução dos índices de perda; a eficiência do uso dos recursos hídricos; a conservação da qualidade da águavisando a recuperação e a proteção por meio da criação de áreas protegidas das florestas e matas ciliares; a criação de políticas de moradia justas e fortes – a fim de evitar a ocupação de regiões próximas a mananciais e o combate à poluição com universalização do saneamento.

Além das medidas citadas, a carta entregue ao governador de São Paulo pede a total implementação da Lei 13.798/2009 que institui a Política Estadual de Mudanças do Clima (PEMC), que cinco anos após sua publicação pouco foi feito para que se tornasse efetiva. A Lei indica a necessidade de implementar ações de prevenção e adaptação às alterações produzidas pelos impactos das mudanças climáticas, a fim de proteger principalmente os estratos mais vulneráveis da população. Segundo IPCC os problemas climáticos têm ocorrido em todo o mundo – secas, inundações e o risco de insegurança alimentar – porém o grau de vulnerabilidade é maior para a população pobre. O que se cruza com o objetivo da lei.

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É preciso que medidas sejam tomadas, “Não dá para esperar que as chuvas resolvam a escassez de água. Se nada for feito para se adaptar à nova realidade que o regime climático impõe, as crises com certeza se repetirão” é o que defende e espera a campanha e o diretor de políticas públicas do Greenpeace, Sergio Leitão.

Clique aqui para lera carta na íntegra.

Fonte fotos: greenpeace.org




Redação greenMe

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